Poucos sabem que em Taubaté existem dois núcleos distintos de Figureiros em Taubaté, o Ponto de Cultura Modelando Tradições Figureiros de Taubaté, cuja iniciativa foi da Associação Artística Cultural Oswaldo Goeldi, fundada em 2000, e que recebeu o titulo de Ponto de Cultura do Governo do Estado de São Paulo em 2009, numa ação conjunta com a Gestora Cultural Lani Goeldi e as Figureiras pioneiras D. Cândida e D. Luiza, através de seu sobrinho Eduardo Leisan.
Hoje somos, uma entidade com diversos prêmios e reconhecimentos públicos, em virtude de seu trabalho de difusão da cultura popular em todo o país. Taubaté também conta com a Casa do Figureiro, inaugurada em 1993, a Casa leva o nome de Maria da Conceição Frutuoso Barbosa, em homenagem à religiosa falecida em 1950, que liderou a construção da primeira Capela da Imaculada Conceição. Concentram-se artesãos que criam suas peças e vendem no próprio local, pois é totalmente mantida pela Prefeitura de Taubaté. Os Figureiros se auto-intitulam como artistas populares do Vale do Paraíba que recriam com barro figuras e cenas do seu dia a dia, ou do seu imaginário. A habilidade na modelagem da argila parece ser no Vale do Paraíba mais uma herança portuguesa do que indígena ou do negro. A cidade de Taubaté está entre as poucas cidades brasileiras que ainda preservam essa tradição, além, de São José dos Campos e Caçapava. A arte de moldar figuras é uma antiga tradição em Taubaté e já virou referência na região, e a arte possui mais de um século e meio de tradição A tradição das Figureiras teve início há mais de 150 anos, com o trabalho de D. Maria da Conceição Frutuoso Barbosa, uma faxineira no Convento de Santa Clara, em Taubaté, quando se ofereceu para restaurar a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, que encontrou guardada lá, para isso buscava no rio Itaim a argila que utilizou para restaurar a imagem, como sofria de uma paralisia nas mãos, amarrava ferramentas nos punhos e usava a língua para concluir o trabalho. A arte é reconhecida por figuras típicas dos presépios, como ovelhas, bois e galinhas, que hoje é propagada por um grupo de artesãos que estão divididos em suas sedes, sendo uma delas mantidas pela Prefeitura Municipal e a outra pela Iniciativa Privada, no intuito de preservar a tradição através de cursos e oficinas, produzindo produtos para comercialização. |